sábado, 18 de janeiro de 2014

5 Formas de aumentar a sua força de vontade



5 Formas de aumentar a sua força de vontade
23/04 80 Por Miguel Lucas em Motivação
Ter força de vontade é um grande impulsionador para tudo na nossa vida. A força de vontade estabelece relações com a capacidade de controlarmos os estímulos, adiarmos a recompensa, autodisciplina e noção de valor da tarefa em mãos. Como o próprio nome indica “força”, pressupõe um determinado nível ou grau. Todos temos força de vontade. O que podemos por vezes não ter é a capacidade de canalizá-la para algumas tarefas, ações, atitudes ou atividades que sabemos podermos vir a ser beneficiados ou que são imperativas para nós. Ainda assim, o nosso nível ou grau de força de vontade, tal como a nossa força muscular, quando treinada, pode ser melhorada. E depois de melhorada podemos aperfeiçoar a capacidade de orientá-la para onde pretendemos ou necessitamos.
VOCÊ GOSTARIA DE TER MAIS FORÇA DE VONTADE PARA MUDAR OS SEUS HÁBITOS?
A força de vontade é muitas das vezes impotente contra a força dos nossos maus hábitos. A questão não se prende com não possuirmos força de vontade, mas sim de não estarmos suficientemente preparados para persistir. Temos também de trabalhar a força de resistência da nossa vontade contra a força de persistência de alguns maus hábitos instituídos.
Existem várias técnicas que você pode usar para reforçar a sua força de vontade e vencer as tentações, a desmotivação, o adiamento, a preguiça, a falta de disciplina, entre outros. Qualquer que seja a sua fraqueza, você pode superá-las, e ainda eliminar o velho sentimento de culpa que por vezes o atormente por não conseguir fazer o que pretende.
Não é que você não queira uma determinada coisa ou objetivo o suficiente. Não é que você não se esforce o suficiente. Não é que seja uma falha no seu caráter. Provavelmente, você simplesmente não tem aprendido e aplicado a maneira correta de tirar o máximo proveito da sua força de vontade.
força de vontade
COMO ACIONAR E AUMENTAR  A SUA FORÇA DE VONTADE
Cada um de nós enfrenta momentos críticos em que nos deparamos com a necessidade de assumir os nossos compromissos e escolhas ou ceder aos nossos maus hábitos. É nestes momentos cruciais que temos que confiar na nossa força de vontade. Temos de confiar na capacidade de dizer não aquilo que sabemos que não nos serve. Temos de focar a nossa atenção naquilo que sabemos que é bom para nós, e simplesmente fazê-lo. Mesmo que se ceda perante um vício, um mau hábito, ou um pensamento negativo, será sempre uma decisão nossa, mais ou menos consciente.
Citação: “Não morda a isca do prazer até que você se certifique que não existe nenhum anzol.” -  Thomas Jefferson
Apresento algumas técnicas eficazes para treinar e reforçar a sua força de vontade para que possa orientar a sua intenção para onde deseja. Utilizar várias estratégias em conjunto é a melhor maneira de solidificar a sua força de vontade.
5 Técnicas para disciplinar e aumentar a sua força de vontade:
1. IMPULSIONE A SUA MOTIVAÇÃO
Tome consciência de uma vez por todas que você irá comprometer o seu futuro se continuar a realizar os seus maus hábitos. Qual será o resultado provável se não tomar um atitude positiva? Não continue a adiar, dizendo para si mesmo que um dia você irá mudar. Em vez disso, olhe para os piores cenários possíveis. É esse o futuro que você deseja para si, e eventualmente para as pessoas que estão ao seu encargo? Construa uma visão nítida do quanto o seu atual comportamento o prejudica.
Você pode ter que fazer algumas pesquisas dos malefícios dos seus maus hábitos. Converse com especialistas que possam informá-lo do que é provável que aconteça se você não se decidir a mudar. Explique que você está tentando entender o peso das desvantagens desse comportamento. Certifique-se que entende todas as desvantagens no sentido de construir uma ideia ainda mais intensa sobre aquilo que você pretende mudar para melhor.
Use tudo isso para impulsionar a sua motivação. Esta é uma motivação pela negativa, mas que pode ser de grande utilidade no sentido de você perceber o que valoriza, o que pretende alcançar e que coisas lhe são significativas. Ao perceber o impacto negativo de alguns dos seus hábitos e o quanto o afastam dos seus objetivos de vida, pode descobrir um gatilho que faça disparar a sua motivação para fazer o que acha ser o mais correto e vantajoso.
2. DESENVOLVA AS HABILIDADES QUE APOIAM A SUA FORÇA DE VONTADE
Uma das razões que pode estar a contribuir para a manutenção do seu mau hábito é provavelmente devido a uma lacuna no conhecimento ou alguma habilidade em falta. Por exemplo, talvez você nunca tenha aprendido a cozinhar refeições saudáveis e saborosas. Portanto, você continua a comer “mal” promovendo o excesso de peso.
A saber: A ausência ou lacuna numa habilidade irá sabotar a sua força de vontade.
Além disso, você pode ter um ponto cego, faltando-lhe conhecimento sobre o quanto o seu mau hábito o está prejudicando. Seguindo o mesmo exemplo, talvez a pessoa nem considere que tem excesso de peso. Por isso é muito importante seguir à risca o ponto 1 (impulsione a sua motivação). A pessoa até pode perceber que tem uns quilos a mais, mas não olha para ela mesma como sendo obesa.
Dica: Tente ganhar o máximo de conhecimento sobre a sua condição. Perceba quais as ausências de habilidades que estão sabotando as suas tentativas de mudança, ou de inicio de mudança.


Você necessita de adquirir conhecimento para suportar os seus novos comportamentos (mais desejáveis). Você necessita estar minimamente preparado para enfrentar os desafios a que se propõe. Depois de ter algum fundamento básico, então você pode procurar apoio mais específico. Por exemplo procurar um mentor que possa ajudá-lo a aprender ainda mais. Essas novas habilidades e conhecimentos irão dar um grande impulso à sua vontade.
3. PROCURE ALGUNS ALIADOS
Não tente quebrar o seu mau hábito sozinho. Você precisa de reforços. Estudos têm comprovado que o incentivo social é uma forte influência na mudança de comportamento. Você precisa de pessoas positivas com quem possa partilhar as suas dificuldades e dúvidas. Mas precisa igualmente de partilhar as suas metas, desafios e conquistas. Essas pessoas podem ajudá-lo em algum momento difícil, podem animá-lo e confortá-lo em alguma pequeno recuo.
Ter pessoas que você partilha os seus objetivos, pode ser um ótimo incentivo à sua responsabilização. Reforça a sua decisão de mudança.
Ao mesmo tempo, identifique as pessoas na sua vida que o puxam na direção errada e tente convertê-las em seus aliados. Explique o que você está tentando fazer e peça a ajuda deles. Se você não conseguir convertê-los em aliados, então você pode precisar distanciar-se até que se torne mais forte.
Amigos e familiares provavelmente querem que você tenha sucesso, mas pode não ser suficiente. Muitas vezes estas são as mesmas pessoas que participam com você no seu mau hábito. Portanto, você pode precisar de um treinador, conselheiro, mentor ou terapeuta para ser seu aliado.
4. USE INCENTIVOS PARA RECOMPENSAR O SUCESSO
Em tudo na vida procuramos reforço. Mesmo que esse reforço seja convertido na forma de um sentimento. Estabelecer um sistema de incentivos pode promover a sua força de vontade. Quando você tem sucesso na implementação da mudança, isso por si só é um grande reforço. Emerge um sentimento de orgulho, de dever cumprido, de capacidade de ultrapassar obstáculos. Mas, esse resultado de sucesso será mais reforçado se você o festejar. Não necessita de ser de forma exuberante ou com recompensas caras. Por exemplo, se você cumprir com êxito o seu objetivo de poupança para o mês, combine um bom jantar com a sua esposa para comemorar.
estímulos cerebro
5. CONTROLE O SEU AMBIENTE
Finalmente, tem que entender o poder que alguns fatores externos podem ter sobre você. Se constantemente gasta excessivamente o seu dinheiro quando vai ao shopping, então, numa primeira fase evite ir ao shopping. Controlar alguns dos ambientes onde se movimenta, pode comprovar-se como muito eficaz. Ainda que a longo prazo este método não seja aconselhado, dado que  você não pode passar a sua vida fugindo das coisas. Controlar o ambiente, é muito útil na primeira fase de diminuição da força do mau hábito.
Aqui está outro exemplo menos óbvio de como controlar o seu mundo físico pode promover a sua força de vontade. Estudos têm demonstrado que o tamanho do seu prato desempenha uma grande influência na quantidade de comida ingerida.  Se você selecionar um prato menor, você vai comer menos.
Ao educar-se e usar o conhecimento sabiamente, você pode definitivamente mudar os seus hábitos mais facilmente para que possa alcançar o seu objetivo mais rápido. O ideal, será que você consiga promover o seu ambiente externo no sentido de facilitar a implementação dos bons hábitos e construir alguns obstáculos à execução daquilo que pretende ver extinto.
Dica: Se você aumentar a dificuldade de alcançar as suas tentações, então, vai ficar menos propenso a executá-las.
Alternativamente, promova as coisas que você quer fazer arranjando forma de facilitar a sua execução para que sejam mais fáceis de alcançar, assim você vai praticá-las com mais frequência. Um exemplo, é a prática do exercício físico. Se você tiver que viajar durante muito tempo para ir ao ginásio, então,  será menos provável que você vá. Por outro lado, se você se exercitar em sua casa, tendo tudo perto de si,  então irá aumentar a probabilidade de você se envolver na prática do exercício físico.
Por vezes, o sucesso ou insucesso da implementação de novos hábitos mais saudáveis relaciona-se fortemente com as barreiras que podem existir. A eliminação das barreiras à implementação de novos hábitos, facilita o trabalho da nossa força de vontade. Ao invés, mesmo que a nossa força de vontade seja razoável, se formos expostos constantemente a ambientes que estejam repletos de tentações e vícios, certamente sairemos a perder.
Abraço

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Exercício da autoridade



Exercício da autoridade

Com a formação de sociedades que assentam na ordem hierárquica, muito maiores e bem complexas do que aquelas dos caçadores recolectores,  a autoridade pela competência dá lugar à autoridade com base no estatuto social. Não prendendo com isto afirmar que essa autoridade seja necessariamente incompetente: afirmo sim que competência não é elemento essencial da autoridade.

Quer lidemos com uma autoridade monárquica – onde é lotaria dos genes quem decide sobre as qualidade da competência – ou com um criminoso, sem escrúpulos, que consegue obter autoridade através do assassínio ou da traição ou, como sucede tão frequentemente nas democracias modernas, com autoridades eleitas com base na sua imagem fotogénica ou nas fabulosas quantias despendidas na campanha eleitoral, em nenhum destes acasos existe qualquer relação entre autoridade e competência.


Mas verificam-se, igualmente, sérios problemas em casos em que a autoridade é estabelecida com base nalguma competência: um dirigente pode ter sido competente numa área, incompetente noutra. Por exemplo, um estadista pode ser competente na condução de uma guerra e incompetente em situação de paz; um dirigente que é honesto e corajoso no princípio da sua carreira e pode perder estas qualidades, seduzido pelo poder. Há ainda a considerar as questões de saúde e de idade, que podem levar a um acerta deterioração. Finalmente há que ter em conta que é muito mais fácil para os membros de uma pequena tribo julgar o comportamento de uma autoridade do que para milhões de indivíduos no nosso sistema, que apena conhecem o candidato através da imagem artificial, criada pelos especialistas em public relations.

 Sejam quais foram os motivos para a perda das qualidades inerentes à competência, o facto é que nas sociedades maiores e hierarquicamente organizadas, o processo de alienação dessa competência acaba por ocorrer. A verdadeira ou alegada competência é transferida para o uniforme ou para o título da autoridade. Se ela usar o uniforme adequado ou tiver o título certo, este sinal, exterior de competência substitui-se às verdadeiras e às suas qualidades. O rei – usa o título como símbolo para este tipo de autoridade – pode ser estupido, perverso, cruel, totalmente incompetente para ser uma autoridade, contudo ele tem autoridade. Enquanto possuir o título é suposto que tenha as qualidades de competência. Mesmo que o rei vá nu, todos acreditam que está a usar belíssimas roupas.

O facto de as pessoas tomarem os uniformes e títulos por qualidades reais da competência não acontece por acaso. Os detentores desses símbolos de autoridade, assim como os que deles beneficiam, fazem todos os possíveis para embrutecer o povo que lhes está sujeito, sobrepondo à possibilidade de um pensamento critico a ficção, em que são levados a acreditar. Para o compreender, basta determo-nos um pouco, observando as maquinações de propaganda, os métodos pelos quais o julgamento crítico é destruído, o modo como a mente é conduzida à submissão através de clichés, como as pessoas são silenciadas, tornando-se dependentes e perdendo a capacidade de acreditar no que os seus olhos vêm e no seu próprio julgamento. É a ficção na qual são levados a acreditar que os torna cegos à realidade

In Ter ou Ser. Erich Fromm

sábado, 16 de novembro de 2013

O MUNDO ESTÁ A MUDAR....

O mundo está a mudar a tal velocidade, que as pessoas vulgares nem se percebem da mudança. Tudo que desejamos e conhecemos é mediado e ou condicionado pelo dinheiro. A distribuição e redistribuição da riqueza produzida no mundo beneficia o capital em detrimento do trabalho, e o sistema capitalísta utilizou as crises e os crashes, não para se reformar mas para se reforçar. Nunca houve tanto dinheiro no planeta. A parte substancial desse dinheiro está nas mãos de quem controla os sistemas político e financeiro, aquilo que agora designara-mos 1%: alguns membros deste clube seleto decidiram, filantropicamente, redistribuir a sua riqueza, caso Bill Gates, Warren Buffet, Mark Zuckerberg, etc. Outros decidirão gasta-la, a concorrer a cargos públicos, como Michael Bloomberg. Ou a comprara instituições falidas como Jeff Bezoz. Outros comprarão o costume, casas, barcos, carros, joias, relógios, fatos, caprichos que beneficiam a prospera indústria do luxo. Uma peça de roupa de marca custa mais que 10 salários mínimos europeus.

Basta ler o suplemento do “Financial Times” How to Spend It (Como Gastar) para perceber que os multimilionários entraram numa espécie de twilight zone onde o tédio existencial é preenchido por brinquedos. Estes milionários conhecem-se todos uns aos outros e formam um clube transnacional. Encontram-se com regularidade e usam os ócios nos mesmos lugares e com os mesmos confortos. Um multimilionário russo gasta o mesmo dinheiro, exaltamento como o chinês. Quem beneficia? O mercado de arte, reduzido a um comércio extravagante de modas e cortesãos reluzindo no esplendor dos milionários. A indústria da moda, que alimenta e dá emprego a milhões de pessoas (quase todas mulheres mas baratas) e sustenta tanto as economias francesas e italianas como ado Bangladesh. O mercado imobiliário, onde a competição fez dispara os preços que expulsaram as pessoas e as famílias das grandes metrópoles. Os londrinos e os Nova-Iorquinos não têm e não terão dinheiro para viver em Londres ou em Manhattan.

A cidade tornou-se proibitiva e os números são escandalosos. E, Nova Iorque, a zona de Chinatown, o último reduto de emigrantes e resíduo dessa mistura, judeus e chineses, europeus e asiáticos, árabes e chineses, mafiosos e íntegros, italianos e russos, etc., está a ser retalhada e vendida a preço do ouro. As Chinatowns de Londres e de Nova Iorque serão museus decorativos no meio dos apartamentos de luxo. As favelas de Bombaim ou do Rio de Janeiro desaparecerão e não por terem sido pacificadas. Os promotores imobiliários cheiram o valor absoluto daqueles metros quadrados e o êxodo dos habitantes já começou. Os subúrbios engrossarão. Porque a vida das cidades, o e centro será ocupado pelo tal 1%, introduzindo uniformização da paisagem, dos consumos, do gosto. Muitas das casas multimilionárias de Londres e Nova Iorque estão vazias, porque os donos as compraram para investimento, lavagem de dinheiro ou para habitarem uma mês por ano.
Um dos apartamentos mais caros de Manhattan, dezena de milhões de dólares, foi comprado por uma multimilionária chinesa para um filhos que acabou de nascer.
Nos estados Unidos, em 1965, os CEO das grandes empresas ganhavam em média, 20 vezes mais que um empregado. Hoje ganham em média 270 vezes mais. E eles são apenas os executivos, cuja remuneração aumentou em média 876% entre 1978 2011. Nenhuma reforma ou regulamento dos sectores conseguiu travar isso. Os governos acompanharam a explosão e aplaudiram-na, achando que mais riqueza seria distribuída, escorrendo de cima para baixo. Aumentou o consumo extraordinário de bens, a distribuição compulsiva do planeta, a destruição de postos de trabalho e a diminuição dos salários. Não existe qualquer transparência ou escrutínio do sistema financeiro, demasiado complexo e tecnocrático para os políticos o entenderem. Os académicos, tal como os agentes políticos, foram recrutados e pagos para silenciarem a desigualdade salarial, participação na distribuição. As mulheres do Bangladesh podem arder sobe as máquinas de costura.

Com ou sem austeridade, outra ideia curiosa, este é o caminho do mundo. Todo o acesso dos bens básicos como agua e a energia ao prazer das férias ou da cultura será condicionado pela capacidade aquisitiva, que as classes baixas imitam com a cumplicidade típica da classe remedida. Parte classe baixas espoliadas dentro da sociedade de abundancia será recrutada pelos movimentos género Tea Party ou a direita de Marien Le Pen. Outra parte engrossará a legiões da esquerda mais ou menos radical, dividida pela guerrilha fratricida de saber quem é mais ou menos de esquerda, quem trai e não trai. Os outros desinteressam-se a pouco apouco da política, afastam-se, abstêm-se, sobrevivem.

In Pluma Caprichosa, Clara Ferreira Alves

sábado, 8 de junho de 2013


EXPLICA-ME COMO SE EU FOSSE MUITO BURRO...

ENTÃO AÍ VAI: 

QUE É O BCE?
- O BCE é o banco central dos Estados da UE que pertencem à zona euro, como é o caso de Portugal.

E DONDE VEIO O DINHEIRO DO BCE?
- O dinheiro do BCE, ou seja o capital social, é dinheiro de nós todos, cidadãos da UE, na proporção da riqueza de cada país. Assim, à Alemanha correspondeu 20% do total. Os 17 países da UE que aderiram ao euro entraram no conjunto com 70% do capital social e os restantes 10 dos 27 Estados da UE contribuíram com 30%.

E É MUITO, ESSE DINHEIRO?
- O capital social era 5,8 mil milhões de euros, mas no fim do ano passado foi decidido fazer o 1º aumento de capital desde que há cerca de 12 anos o BCE foi criado, em três fases. No fim de 2010, no fim de 2011 e no fim de 2012 até elevar a 10,6 mil milhões o capital do banco.

ENTÃO, SE O BCE É O BANCO DESTES ESTADOS PODE EMPRESTAR DINHEIRO A PORTUGAL, OU NÃO? COMO QUALQUER BANCO PODE EMPRESTAR DINHEIRO A UM OU OUTRO DOS SEUS ACCIONISTAS?
- Não, não pode.

PORQUÊ?
- Porquê? Porque... porque, bem... são as regras.

ENTÃO, A QUEM PODE O BCE EMPRESTAR DINHEIRO?
- A outros bancos, a bancos alemães, bancos franceses ou portugueses.

AH PERCEBO, ENTÂO PORTUGAL, OU A ALEMANHA, QUANDO PRECISA DE DINHEIRO EMPRESTADO NÃO VAI AO BCE, VAI AOS OUTROS BANCOS QUE POR SUA VEZ VÃO AO BCE.
- Pois.

MAS PARA QUÊ COMPLICAR? NÂO ERA MELHOR PORTUGAL OU A GRÉCIA OU A ALEMANHA IREM DIRECTAMENTE AO BCE?
- Bom... sim... quer dizer... em certo sentido... mas assim os banqueiros não ganhavam nada nesse negócio!

AGORA NÃO PERCEBI!!
- Sim, os bancos precisam de ganhar alguma coisinha. O BCE de Maio a Dezembro de 2010 emprestou cerca de 72 mil milhões de euros a países do euro, a chamada dívida soberana, através de um conjunto de bancos, a 1%, e esse conjunto de bancos emprestaram ao Estado português e a outros Estados a 6 ou 7%.

MAS ISSO ASSIM É UM "NEGÓCIO DA CHINA"! SÓ PARA IREM A BRUXELAS BUSCAR O DINHEIRO!
- Não têm sequer de se deslocar a Bruxelas. A sede do BCE é na Alemanha, em Frankfurt. Neste exemplo, ganharam com o empréstimo a Portugal uns 3 ou 4 mil milhões de euros.

ISSO É UM VERDADEIRO ROUBO... COM ESSE DINHEIRO ESCUSAVA-SE ATÉ DE CORTAR NAS PENSÕES, NO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO OU DE NOS TIRAREM PARTE DO 13º MÊS.
As pessoas têm de perceber que os bancos têm de ganhar bem, senão como é que podiam pagar os dividendos aos accionistas e aqueles ordenados aos administradores que são gente muito especializada.

MAS QUEM É QUE MANDA NO BCE E PERMITE UM ESCÂNDALO DESTES?
- Mandam os governos dos países da zona euro. A Alemanha em primeiro lugar que é o país mais rico, a França, Portugal e os outros países.

ENTÃO, OS GOVERNOS DÃO O NOSSO DINHEIRO AO BCE PARA ELES EMPRESTAREM AOS BANCOS A 1%, PARA DEPOIS ESTES EMPRESTAREM A 5 E A 7% AOS GOVERNOS QUE SÃO DONOS DO BCE?
- Bom, não é bem assim. Como a Alemanha é rica e pode pagar bem as dívidas, os bancos levam só uns 3%. A nós ou à Grécia ou à Irlanda que estamos de corda na garganta e a quem é mais arriscado emprestar, é que levam juros a 6, a 7% ou mais.

ENTÃO NÓS SOMOS OS DONOS DO DINHEIRO E NÃO PODEMOS PEDIR AO NOSSO PRÓPRIO BANCO!...
- Nós, qual nós?! O país, Portugal ou a Alemanha, não é só composto por gente vulgar como nós. Não se queira comparar um borra-botas qualquer que ganha 400 ou 600 euros por mês ou um calaceiro que anda para aí desempregado, com um grande accionista que recebe 5 ou 10 milhões de dividendos por ano, ou com um administrador duma grande empresa ou de um banco que ganha, com os prémios a que tem direito, uns 50, 100, ou 200 mil euros por mês. Não se pode comparar.

MAS, E OS NOSSOS GOVERNOS ACEITAM UMA COISA DESSAS?
- Os nossos Governos... Por um lado, são, na maior parte, amigos dos banqueiros ou estão à espera dos seus favores, de um empregozito razoável quando lhes faltarem os votos.

MAS ENTÃO ELES NÃO ESTÃO LÁ ELEITOS POR NÓS?
- Em certo sentido, sim, é claro, mas depois... quem tem a massa é quem manda. É o que se vê nesta actual crise mundial, a maior de há um século, para cá. Essa coisa a que chamam sistema financeiro transformou o mundo da finança num casino mundial, como os casinos nunca tinham visto nem suspeitavam, e levou os EUA e a Europa à beira da ruína. É claro, essas pessoas importantes levaram o dinheiro para casa e deixaram a gente como nós, que tinha metido o dinheiro nos bancos e nos fundos, a ver navios. Os governos, então, nos EUA e na Europa, para evitar a ruína dos bancos tiveram de repor o dinheiro.

E ONDE O FORAM BUSCAR?
- Onde havia de ser!? Aos impostos, aos ordenados, às pensões. De onde havia de vir o dinheiro do Estado?...

MAS METERAM OS RESPONSÁVEIS NA CADEIA?
- Na cadeia? Que disparate! Então, se eles é que fizeram a coisa, engenharias financeiras sofisticadíssimas, só eles é que sabem aplicar o remédio, só eles é que podem arrumar a casa. É claro que alguns mais comprometidos, como Raymond McDaniel, que era o presidente da Moody's, uma dessas agências de rating que classificaram a credibilidade de Portugal para pagar a dívida como lixo e atiraram com o país ao tapete, foram... passados à reforma. Como McDaniel é uma pessoa importante, levou uma indemnização de 10 milhões de dólares a que tinha direito.

E ENTÃO COMO É? COMEMOS E CALAMOS?
Isso já não é comigo, eu só estou a explicar...





 

segunda-feira, 11 de março de 2013


 

António Marinho e Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados: Austeridade e privilégios, no Jornal de Notícias. Excertos:
 
«[...] O primeiro-ministro, se ainda possui alguma réstia de dignidade e de moralidade, tem de explicar por que é que os magistrados continuam a não pagar impostos sobre uma parte significativa das suas retribuições; tem de explicar por que é que recebem mais de sete mil euros por ano como subsídio de habitação; tem de explicar por que é que essa remuneração está isenta de tributação, sobretudo quando o Governo aumenta asfixiantemente os impostos sobre o trabalho e se propõe cortar mais de mil milhões de euros nos apoios sociais, nomeadamente no subsídio de desemprego, no rendimento social de inserção, nos cheques-dentista para crianças e — pasme-se — no complemento solidário para idosos, ou seja, para aquelas pessoas que já não podem deslocar-se, alimentar-se nem fazer a sua higiene pessoal.
 
O primeiro-ministro terá também de explicar ao país por que é que os juízes e os procuradores do STJ, do STA, do Tribunal Constitucional e do Tribunal de Contas, além de todas aquelas regalias, ainda têm o privilégio de receber ajudas de custas (de montante igual ao recebido pelos membros do Governo) por cada dia em que vão aos respetivos tribunais, ou seja, aos seus locais de trabalho.
 
Se o não fizer, ficaremos todos, legitimamente, a suspeitar que o primeiro-ministro só mantém esses privilégios com o fito de, com eles, tentar comprar indulgências judiciais.»
"A vida corre atrás de nós para nos roubar aquilo que em cada dia temos menos."


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O ROUBO DO PRESENTE

A revista Visão publicou o artigo de opinião, da autoria do filósofo José Gil, intitulado "O roubo do presente" que se transcreve de seguida.

"Nunca uma situação se desenhou assim para o povo português: não ter futuro, não ter perspetivas de vida social, cultural, económica, e não ter passado porque nem as competências nem a experiência adquiridas contam já para construir uma vida. Se perdemos o tempo da formação e o da esperança foi porque fomos desapossados do nosso presente. Temos apenas, em nós e diante de nós, um buraco negro.


O «empobrecimento» significa não ter aonde construir um fio de vida, porque se nos tirou o solo do presente que sustenta a existência. O passado de nada serve e o futuro entupiu.
O poder destrói o presente individual e coletivo de duas maneiras: sobrecarregando o sujeito de trabalho, de tarefas inadiáveis, preenchendo totalmente o tempo diário com obrigações laborais; ou retirando-lhe todo o trabalho, a capacidade de iniciativa, a possibilidade de investir, empreender, criar. Esmagando-o com horários de trabalho sobre-humanos ou reduzindo a zero o seu trabalho.


O Governo utiliza as duas maneiras com a sua política de austeridade obsessiva: por exemplo, mata os professores com horas suplementares, imperativos burocráticos excessivos e incessantes: stresse, depressões, patologias border-/ine enchem os gabinetes dos psiquiatras que os acolhem. É o massacre dos professores. Em exemplo contrário, com os aumentos de impostos, do desemprego, das falências, a política do Governo rouba o presente de trabalho (e de vida) aos portugueses (sobretudo jovens).


O presente não é uma dimensão abstrata do tempo, mas o que permite a consistência do movimento no fluir da vida. O que permite o encontro e a intensificação das forças vivas do passado e do futuro - para que possam irradiar no presente em múltiplas direções. Tiraram-nos os meios desse encontro, desapossaram-nos do que torna possível a afirmação da nossa presença no presente do espaço público.


Atualmente, as pessoas escondem-se, exilam-se, desaparecem enquanto seres sociais. O empobrecimento sistemático da sociedade está a produzir uma estranha atomização da população: não é já o «cada um por si», porque nada existe no horizonte do «por si». A sociabilidade esboroa-se aceleradamente, as famílias dispersam-se, fecham-se em si, e para o português o «outro» deixou de povoar os seus sonhos - porque a textura de que são feitos os sonhos está a esfarrapar-se. Não há tempo (real e mental) para o convivio. A solidariedade efetiva não chega para retecer o laço social perdido. O Governo não só está a desmantelar o Estado social, como está a destruir a sociedade civil.


Um fenómeno, propriamente terrível, está a formar-se: enquanto o buraco negro do presente engole vidas e se quebram os laços que nos ligam às coisas e aos seres, estes continuam lá, os prédios, os carros, as instituições, a sociedade. Apenas as correntes de vida que a eles nos uniam se romperam. Não pertenço já a esse mundo que permanece, mas sem uma parte de mim. O português foi expulso do seu próprio espaço continuando, paradoxalmente, a ocupá-lo. Como um zombie: deixei de ter substância, vida, estou no limite das minhas forças - em vias de me transformar num ser espetral. Sou dois: o que cu
 o nosso país.sempre as ordens automaticamente e o que busca ainda uma réstia de vida para os seus, para os filhos, para si.


Sem presente, os portugueses estão a tornar-se os fantasmas de si mesmos, à procura de reaver a pura vida biológica ameaçada, de que se ausentou toda a dimensão espiritual. É a maior humilhação, a fantomatização em massa do povo português. Este Governo transforma-nos em espantalhos, humilha-nos, paralisa-nos, desapropria-nos do nosso poder de ação. É este que devemos, antes de tudo, recuperar, se queremos conquistar a nossa potência própria e o nosso país.

EM NOME DE DEUS






Enquanto a imprensa exalta os "lutadores da liberdade do Hamas", os "rebeldes", o mundo desconhece uma das histórias mais SÓRDIDAS de abuso infantil, torturas e sodomização do planeta, vinda do fundo dos esgotos de Gaza: os casamentos pedófilos do Hamas, que envolvem até crianças de 4 anos. Tudo com a devida autorização da lei do islamismo radical.

Infância perdida, abuso certo: ficaremos calados?
A denúncia é do Phd Paul L. Williams e está publicada no blog thelastcrusade.org. (ninguém mais na imprensa nacional pareceu se interessar pelo assunto).

Um evento de gala ocorreu em Gaza. O Hamas foi o patrocinador de um casamento em massa para 450 casais. A maioria dos noivos estava na casa dos 25 aos 30 anos; a maioria das noivas tinham menos de dez anos.

Grandes dignatários muçulmanos, incluindo Mahmud Zahar, um líder do Hamas foram pessoalmente cumprimentar os casais que fizeram parte desta cerimónia tão cuidadosamente planeada.

"Nós estamos felizes em dizer à América que ela não pode nos negar alegria e felicidade", Zahar falou aos noivos, todos eles vestidos em ternos pretos idênticos e pertencentes ao vizinho campo de refugiados de Jabalia.

Cada noivo recebeu 500 dólares de presente do Hamas.

As raparigas na pré-puberdade (pré-puberdade?????), que estavam vestidas de branco e adornadas com maquilhagem excessiva, receberam bouquets de noiva.

"Nós estamos a oferecer este casamento como um presente para o nosso povo que segue firme diante do cerco e da guerra", discursou o homem forte do Hamas no local, Ibrahim Salaf.

As fotos do casamento relatam o resto desta história repugnante.

Noivas de 4 a 10 anos e presentes de 500$.

O Centro Internacional Para Pesquisas Sobre Mulheres estima agora que existam 51 milhões de noivas infantis vivem no planeta e quase todas em países muçulmanos.

Quase 30% destas pequenas noivas são vítimas de agressões físicas regulares e são violadas pelos seus maridos no Egipto; mais de 26% sofrem abuso similar na Jordânia.

Durante todo o ano, três milhões de crianças muçulmanas são submetidas a mutilações genitais, de acordo com a UNICEF. A prática ainda não foi proibida em muitos lugares da América.

Nesta hora, até a miséria desaparece de Gaza: carros de luxo para meninas reduzidas a lixo humano.

A prática da pedofilia teria base e apoio do islão. O livro Sahih Bukhari em seu quinto capítulo indica que Aisha, uma das esposas de Maomé teria seis anos quando se casou com ele e as primeiras relações íntimas ocorreram aos nove. O período de espera não teria sido por conta da pouca idade da menina, mas de uma doença que ela tinha na época. Em compensação, Maomé teria sido generoso com a menina: permitiu que ela levasse todos os seus brinquedos e bonecas para a sua tenda...

Mais ainda: talvez o mais conhecido de todos os clérigos muçulmanos deste século, o Aiatóla Komeini, defendeu em discursos horripilantes a prática da pedofilia:

Um homem pode obter prazer sexual de uma criança tão jovem quanto um bebé. Entretanto, ele não pode penetrar pela vagina; mas sodomizar a criança não tem qualquer problema. Se um homem penetrar e machucar a criança, então ele será responsável pelo seu sustento o resto da vida. A criança entretanto, não é considerada como uma das suas quatro esposas permanentes. O homem não poderá também se casar com a irmã da garota... É melhor para uma menina casar neste período, quando ela vai começar a menstruar, para que isso ocorra na casa do seu marido e não na casa do seu pai. Todos os pais que casarem a sua filha tão jovem terá assegurado um lugar permanente no céu.

Esta é a história que os media não contam, que o mundo se cala e não quer ver, ou que não querem que você saiba.


Mas agora você está informado, não há forma como negar!
Vai ficar calado?